Nos últimos anos, a maioria dos DJs e produtores passou a substituir os tradicionais aftermovies por vídeos curtos e virais conhecidos como videodrops. A mudança é motivada por fatores como alcance, velocidade de publicação e adequação ao comportamento atual do público nas redes sociais.
Até 2020, os aftermovies eram padrão na divulgação de turnês e apresentações. Produzidos com alto investimento e estética cinematográfica, esses vídeos registravam os eventos em detalhes e funcionavam como uma extensão da identidade do artista. Com a ascensão de plataformas como TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts, no entanto, o consumo de vídeo se tornou mais rápido e orientado pelo scroll.

Entre 2021 e 2023, essa mudança de comportamento se consolidou. Os videodrops passaram a ser preferidos por muitos artistas por serem mais baratos de produzir, mais fáceis de editar e, principalmente, por gerarem maior engajamento. Com um celular e um videomaker, é possível registrar o auge da pista e publicar no dia seguinte da apresentação.
O DJ brasileiro Mochakk é citado como um dos principais exemplos dessa transição. Seus vídeos curtos, publicados logo após suas performances, ajudaram a impulsionar seu reconhecimento global, com alto engajamento nas redes e crescimento de público.
Apesar do sucesso, a estratégia levanta questionamentos entre profissionais da área. Enquanto os videodrops mostram momentos de alta energia e têm forte poder de viralização, os aftermovies ofereciam uma narrativa mais ampla, apresentando a atmosfera completa do evento. Especialistas apontam que a troca pode afetar a construção de identidade e o posicionamento de marca a longo prazo.
A tendência atual indica que os drops continuarão sendo predominantes no curto prazo. Ainda assim, a discussão sobre profundidade de conteúdo e fidelização de público segue aberta no meio profissional, especialmente entre artistas que buscam mais do que apenas visibilidade momentânea.
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