Apenas 19% dos artistas do Spotify ultrapassam 1.000 ouvintes mensais em 2023

Mudanças significativas estão ocorrendo na indústria de streaming de música, especialmente na Spotify. A empresa está implementando novas medidas neste trimestre para combater a fraude em streaming e abordar a distribuição de royalties de streaming, com foco na valorização de conteúdo de alta qualidade.

Inspirando-se na ênfase da Universal Music Group em uma abordagem ‘centrada no artista’ para o streaming, as novas políticas da Spotify priorizam o suporte financeiro a artistas e conteúdos ‘premium’, ao mesmo tempo em que analisam com mais rigor faixas e contas de criadores com menor engajamento.

Uma mudança significativa é a introdução de limites para que as faixas no Spotify se qualifiquem para receber royalties. Para ser elegível, uma faixa deve ter alcançado pelo menos 1.000 streams no último ano. Essa exigência promete impactar um número substancial de faixas, considerando o Relatório de Música do Fim de Ano de 2023 da Luminate, que revelou que impressionantes 158,6 milhões de faixas receberam 1.000 reproduções ou menos nas plataformas de streaming no último ano.

Além disso, a Spotify está implementando um limite mínimo de ouvintes únicos antes que as faixas possam receber pagamentos de royalties. Embora o número exato não tenha sido divulgado publicamente, a Spotify menciona a necessidade de proteger contra a manipulação do sistema por atores maliciosos.

Apesar da falta de transparência por parte da Spotify, dados recentes da Chartmetric iluminam a realidade enfrentada por muitos artistas na plataforma. Essas mudanças sinalizam uma virada no cenário do streaming, onde a ênfase é colocada na qualidade e no engajamento, em vez do volume puro.